Por Raira Cardoso
Jornalista da Revista Proteção
Prevista para iniciar no dia 8 de junho, a obrigatoriedade de envio das informações referentes à Segurança e Saúde do Trabalho para as empresas integrantes do Grupo 1 (empresas com faturamento anual superior a R$ 78 milhões) será adiada. A informação foi recebida pelo GT-Confederativo do eSocial no dia 20 de maio, durante sua 38ª reunião.
De acordo com o coordenador do GT-Confederativo, o auditor fiscal do Trabalho José Alberto Maia, a prorrogação se deve ao fato de que a Dataprev não conseguiu concluir o módulo que fará a integração dos dados que virão na nova versão simplificada (S-1.0) com o CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais) dentro do prazo esperado. “A previsão é que a Dataprev só esteja apta a receber os dados enviados ao eSocial por meio desta nova versão a partir do final do mês de junho, o que já comprometeria o cronograma de início da prestação das informações de SST por parte das empresas do grupo 1, que está previsto para o começo do mês de junho, uma vez que os eventos de SST só poderão ser enviados nesta nova versão do sistema”, explica.
Devido a esse imprevisto, o GT-Confederativo propôs um adiamento do início da obrigatoriedade do envio dos eventos de SST pelas empresas do Grupo 1 para a partir do mês de outubro. Já o Grupo 2, cuja data prevista para iniciar esses envios era setembro de 2021, ficaria para janeiro de 2022, junto com o Grupo 3. “A proposta foi bem recebida pelos representantes do governo no GT, que se comprometeram a levá-la como sendo uma proposta do Grupo de Trabalho para os gestores do eSocial, os quais analisarão a proposta e devem publicar alguma coisa até semana que vem”, conta Maia.
Atualmente, os órgãos gestores do eSocial são a SEPRT (Secretaria Especial de Previdência e Trabalho) e a SERFB (Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil). Já o GT-Confederativo do eSocial, criado em 2014, é um grupo de trabalho, de caráter consultivo, composto por representantes do governo ligados ao projeto e por representantes das confederações empresariais. Neste GT, são discutidas questões relevantes do projeto e elaboradas propostas a serem encaminhadas aos órgãos governamentais.
Fonte: Revista Proteção
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